terça-feira, 10 de setembro de 2019

1%

A minha vida não é só bebés e criancinhas, fraldas e birras. Por muito que este tema me ocupe os dias... uns bons 99% ainda consigo ter 1% fora deste universo... nem que seja naquele milésimo segundo antes de adormecer. Durante aquele estado em que nem estamos acordados ou adormecidos e que pensamos em milhões de coisas para fazer ou ser e nunca chegamos a lado nenhum, a não ser em babar a almofada no instante seguinte. O que já não é mau, para quem tem bebés ou criancinhas notívagas...

É, também verdade, que este mundo encantado dos mais pequenos, enjoa-me e ainda me deixa mais enjoada toda aquela onda de mamãs e papás, com paginas e tretas nas redes sociais, cheios de ternura, de coisinhas fofinhas, com pôneis e arco-iris de todas as cores, sem esquecer dos meninos e meninas vestidos com calções ou saias e a famosa meia até ao joelho, em género de quem vai jogar uma partida de tênis ou lançar umas bolas de golf!

Como se isto de ser mãe ou pai fosse um mar cor-de-rosa... piuff, para vocês.. que isso é uma mentira gigantesca com um nariz que cresce sem parar.

Quando me apercebo desta merda toda e vejo que o odisseia no útero faz parte deste grupo virtual, vomito, faço greve e desapareço até o enjoo passar...

Mas hoje acabei o dia com um rennie na boca. Decidi debruçar-me e partilhar convosco um pouco sobre o meu 1%.

Porra!!! Já são quase 23:00 e tenho as miúdas a ressonar e eu estou para aqui a escrever futilidades, em vez de dormir!!!
Daqui a pouco a mais velha acorda para fazer xixi ou beber água e a outra acorda para mamar ou berrar, e quem se lixa é o mexilhão.

Tchau 1%. Até amanhã!!!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

E porque nem hoje, nem nunca irei apagar este post!




Este é o livro que resultou em parceria com uma Galeria nacional e conceituada.
Até aqui parece uma história fantástica com um óptimo reconhecimento artístico e pessoal. Mas nada disto aconteceu!!!

Em 2015 fui convidada por uma galeria, que não vale a pena dizer o nome, para fazer um pequeno livro de autor para um evento natalício. Para além de 3 desenhos que prometi fazer do meu projecto “enjoo de arte”. O projecto que me fez tornar artista residente desta conhecida galeria lisboeta.

Brutal! Era o meu momento em ascensão… Mas… Não!… foi mesmo o meu momento de cair de cu!!!

Estava tudo preparado, a galeria orgulhosa por eu ter ganho um prémio com o Odisseia, queria apostar neste projecto. A questão, é que nunca ganhei um prémio,  mas sim, fiz uma entrevista ao P3!!! Mas ok, bora lá fazer o livro. 

Tive 2 semanas para o fazer. Repito 2 semanas!!! Trabalhei arduamente após o meu trabalho a tempo inteiro na CMTV e com a Beatriz que tinha 1 ano… super mãe em modo moura!

Fui convidada a ir a casa de um artista de grande nome, que não vou aqui revelar, fui muito bem recebida e adorei toda a conversa que tive dentro daquela sala. Ali iria ser a gráfica que iria imprimir e encadernar o abençoado livro. Aprendi a preparar o livro para a impressão e fui trabalhar que nem uma louca para que tudo resultasse em tempo útil.

Com tudo feito e agendado, andava com uma hiper comichão de ninguém querer ver o livro… todos desconheciam o conteúdo.  E isso fez-me muita espécie. Pego nas coisas e envio o livro por email para a galeria ver antes de começarmos na gráfica.

Público um post de toda esta radiante aventura, começo a ter muitas encomendas para o Sr.livro que estava prestes a nascer.
Aqui terminaria a história com um “…. E foram felizes para sempre”.

Mas comigo nunca nada foi fácil, por isso, recebo um telefonema da galeria. E puta que pariu para aquilo que ouvi. Começaram por ordenar que apagasse o post do meu blog, pois não podia falar assim da galeria e do artista…. Foda-se! Nunca faltei ao respeito, pelo contrário, minha senhora! E onde está a liberdade de expressão. E onde está a luta do 25 de Abril.?! Voltámos ao salazarismo?!

Mas burra e ingênua e revoltada… apaguei.

Depois continuaram, acrescentado que o livro não iria ser editado por eles. O quê?! Faltavam 4 dias! Tinha encomendas, pessoas à espera… Que falta de respeito, de valores, de tudo… fuck!

E não ia ser feito, porque estiveram a ver o odisseia e afinal é tudo muito brejeiro, mesquinho, histórias que revelam muito da minha vida íntima, não é artístico, roça o popular, o bronco… sugeriram que mudasse de nome no odisseia para um pseudônimo para não cruzarem com o meu trabalho artístico que é notável e de louvar.

Merda para isto tudo… então não conheciam o teor do odisseia?! Que mundinho de mentalidades retardadas!!!

Mesmo assim fui à galeria e entreguei a porra dos 3 desenhos prometidos que fiz em 10 minutos. 
Aquilo sim, era arte com A grande! Foda-se… Que estupidez!

Venderam os desenhos no evento que foi um sucesso. Nunca fui buscar a minha percentagem de 50%. Nem fui ao evento…. Nunca mais entrei naquele sítio e deixei de ser artista residente.

Sozinha fiz os livros para as pessoas que tinham encomendado. Não faltei à minha palavra. Não mudei de nome.

Mas nunca mais quis saber da arte das galerias. Nunca mais pintei. Deixei esses perus e peruas que só se interessam pelo pseudo crítico artístico do caralho que lhes foda!

Que seja brejeira para todo o sempre e que esta história fique registada.
Problema a quem servir o carapuço, porque um dia tinha de ser!

E porque nem hoje, nem nunca irei apagar este post!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Já me lixei...







@bolachasquackquack

SuperPai



sto de ser super pai não é para meninos. É muito bonito. É ser o herói das princesas, do mundo cor de rosa e lilás. Aquele imparável que faz tudo pelas filhas, que abdica do tempo para ele, em prol das pequenas diabinhas. Isso é de louvar!
Nós temos um cá em casa…
Ser super pai de meninas é super queriduxo! Rapidamente têm as unhas pintadas, ou ganchinhos pendurados no cabelo. Lavam os pipis e penteiam os cabelos como num gênero de operação cirúrgica sem anestesia, fazem penteados muito modernos e vestem-nas como nunca nenhum estilista imaginou, enfim, um verdadeiro pacote.
O nosso também leva a pequena donzela ao ballet e convive com as mamãs super fofas e dedicadas … com conversa de 40 minutos de um mundo super vaginal agudo... Mas o nosso super pai não fica, vai mas é beber uma mini ao café do clube enquanto, Beatriz faz o passo de borboleta.
Leva-a à natação, às festas, às reuniões escolares, aos convívios, às actividades fora da creche.
O nosso também leva a pequena donzela ao ballet e convive com as mamãs super fofas e dedicadas … com conversa de 40 minutos de um mundo super vaginal agudo... Mas o nosso super pai não fica, vai mas é beber uma mini ao café do clube enquanto, Beatriz faz o passo de borboleta.
Leva-a à natação, às festas, às reuniões escolares, aos convívios, às actividades fora da creche.
Em casa muda fraldas, embala e volta a mudar fraldas à pequena aspirante diabinha. Vai às compras, faz o jantar, leva a Casca à rua, que também tem direito ao seu momento wc e ainda vai trabalhar em turnos maléficos
Tenta dobrar a teimosia, as birras, os maus comportamentos. Brinca, lê histórias, dá mimos. E os dias seguem nesta rotina louca sem descanso à vista.
É por tudo isto, e muito mais que isto não é para meninos, é para super pais que acabam por dar o peido!




Misturar páginas... que isto anda tudo baralhado!

13 de Janeiro de 2019


@bolachasquackquack

9 de Janeiro de 2019







































Há dias, Beatriz fez do banho uma cena de terror. O drama, a tragédia, o horror, ou não fosse eu trabalhadora da Cmtv.
Foi mais um episódio típico de toda a tragédia grega de lavar e pentear as belas e longas rastas, com os créditos finais do secador que fica muito quente.
Depois de suplicar aos berros para parar, que lhe doía muito a cabeça, disse que queria cortar o cabelo curtinho, para transformar esta série de categoria drama, numa série de romance entre escova e ganchinhos.
Até aí tudo bem…
- Queres cortar o cabelo?
- Xim…
- Curto?
- Ximmm, como o do João Pedro.
- Hmmm. Isso é muito curto, pileca.
- Mas eu quero!!!
- Para cortar curto, temos de ir ao cabeleireiro amanhã, que a mãe não sabe cortar muito bem.
- Não quero ir ao cabeleireiro. Cortas tu, aqui!
- Mas depois podes ficar feia..
- És tu. Cabeleireiro não!

E assim começa uma nova birra, cheia de horrores e monstros que mais ninguém vê para além da Beatriz.
Exausta e farta daquilo tudo, dou por mim a pesquisar no YouTube vídeos de como cortar cabelos a crianças...
Malta, nem imaginam a quantidade de vídeos que existem… um absurdo de conteúdos vazios. Mães a cortar franjas e a fazer penteados frufru às filhotas super bem comportadas. Quietinhas e a sorrir… um verdadeiro tédio. Ou talvez pior, gajas adolescentes ou não, a fazerem figuras extremamente cômicas de como cortar o cabelo a elas próprias. Resultados hilariantes.
Uma verdadeira cereja no topo do bolo do meu final de dia.
Já na cama, com todos a dormir e a Catarina a olhar para mim, pensei, pode ser que ela se esqueça e amanhã levo-a ao cabeleireiro. Ponto final.
- Bom dia, mãe.
- Bom dia, filhota. Dormiste bem?
- Vamos cortar o cabelo. Anda!
- É melhor logo à tarde, depois da creche.
- Agora mãe. Quero cortar. Agora, agora, agora.
- Tens a certeza?
- Xim.

Merda. Foi o que pensei.
Fiz um resumo mental do workshop do YouTube da noite anterior e sem tremer fiz a técnica dos tótós à frente.
Pessoal, se tiverem numa aflição e tiverem de cortar o cabelo, façam esta técnica. É viável. Acreditem.
- Já está. Os caracóis foram...
- Boa, mãe. Agora sou eu a cortar.
- Não.
- Sim.
- Não
- Sim.
- NÃO!
- Só um bocadinho… já posso?
- Não
- Já posso?
- Não
- Já posso?
- NÃO!
- Mãe, o cabelo já cresceu?
- Oh filha, isso vai demorar…
- Então vamos cortar mais.
- Não. Já chega.
- Vá lá
- Não
- Vá lá
- NÃO!!!
- Ok. Corta. Toma a porcaria da tesoura.
- Posso?
- Sim
- A sério?
- SIM!
A sorte é que o corte ficou escadeado e ninguém dá por imperfeições.
- Mãe, agora dá cá o cabelo que cortei. Vou colar.
- Colar?
- Xim.
Sra. Paciência, vem aí o fim-de-semana, sem creche, preciso dos teus dotes e conhecimentos. Mergulhai em mim, para eu absorver todas as tuas qualidades para que não me passe dos carretes.
E tu, Sra. Teimosia, vai de retro e folga estes dias da Beatriz para termos um santo e maravilhoso fim de semana. Amém!








Tabelas...

9 de Janeiro de 2018


Nunca acreditei naquelas tabelas dos picos de crescimento em que na semana x , o nosso pinipon adorável se transforma num maléfico e aterrador animal, por estar a sofrer de um boom de crescimento y.
Sempre pensei que essas tabelas, fossem o resultado de uma tese de mestrado, ou de uma ideia de quem tem muito tempo para pensar, ou de um médico sem resposta a uma criança difícil.
A Beatriz nunca sofreu disso e cresceu lindamente sem que eu tivesse dado conta de algum pico para me azucrinar a moina. Ou então já me esqueci! Sim, porque o nosso “mais que tudo”, o Sr. Deus, o nosso criador, o artista do ser humano, esse que nunca ninguém viu, mas que existe e vive numa nuvenzinha lá em cima onde vê tudo, fez isto muito bem feito:
“Esquecei-vos do lado negro da maternidade, para voltardes a procriar” e encher o nosso planeta terra de pessoas, que depois de adultas se tornam estúpidas e acabam por só fazer merda.
Não quero com isto, desmotivar o pessoal de ter os fofinhos bebês, cheios de golas, folhos e meias até ao joelhos, que mais parecem brócolos, mas a realidade é esta: ou têm quem cuide do vosso pequenito brócolis e ficam sãos, ou então, bem vindo ao caos mental e físico e nunca mais serão a mesma pessoa. Muahahah!
Não se iludam, não há bebés fáceis, que dormem, comem e cagam. Isso é ficção,ok?!
Continuando… suspeito religiosamente que a Catarina tem algures um cronômetro que faz o alarme apitar sempre que chega a uma maldita semana x do pico y do crescimento z e lá começa em 3D, a berrar, gritar, a acordar de hora a hora durante a noite para me lixar o juízo.
Sei que devemos amar os nossos filhos, ter muita paciência, compreensão, dar muita mama, muito colo, muito tudo do bom e do melhor à pequena réplica do pai… e da mãe…
Mas porra, Cresce e aparece, miúda ! Deixa-te de tretas que eu preciso de descansar.
PS: não cresças muito rápido que desconfio que a adolescência seja muito pior…


Confesso

7 de Janeiro de 2018




Confesso... aqui em casa ninguém se trata por Paxulé ou Belheca. Cá em casa há uma Beatriz e outra Catarina. Em momentos fofinhos e de paz caseira há uma "Pileca" e outra "cubinho de gelo".
Paxulé e Belheca vieram durante o estado de gravidez que me dá laivos de kitsch, mas quando as hormonas voltam aos níveis de uma pessoa normal, a realidade é outra e estes nomes não encaixam nas personalidades das minhas lindas filhotas que sabem muito bem dar comigo em louca! Sim! São uma óptima equipa juntas... com esquemas profundamente planeados e estruturados para eu ficar com os cabelos em pé e extremamente irritada. Viro monstro, mesmo!
Tenham uma boa semana. Eu vou tentar ter outra, cheia de negociações com o intuito de não gritar, espernear ou atirar-me para o chão.



Eu, Estou bem!

4 de Janeiro de 2018


Eu, estou bem!
Apesar de não dormir, de ter sempre a mama de fora, de aturar as birras e teimosias da Paxulé. De não ter tempo de me vestir, depilar, pentear, tomar banho como deve de ser. Eu, estou bem! 
Apesar do meu cérebro parecer uma papa, e não conseguir falar correctamente com as pessoas, pois o raciocínio anda congelado e as palavras e frases não saem. Eu, estou bem!
Apesar de ter passado 6h com a Belheca no marsúpio na noite de passagem de ano, não ter comido e bebido como deve de ser e ter ficado com uma brutal dores de costas. Eu, estou bem!
Apesar de parecer uma múmia com mistura de Zombie. Eu, estou bem!
Mas porra, desejo que em 2019 eu, esteja realmente bem!




2 anos a "cascar"!!!

22 de Outubro de 2018